segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Bahia é um transatlântico sem rumo!!!

Olá a todos!!!
Quando vamos focalizar um objeto de análise devemos estabelecer critérios para a mesma. Quanto ao tempo, devemos ter em mente se vamos dar relevância a curta, média ou longa duração: o processo a curto/médio prazo estabelece uma análise conjuntural; quando o fenômeno se faz por muito tempo, devemos observar a estrutura. Logo, indico a linha desta avaliação breve: o problema do Bahia é estrutural e não conjuntural!!!
O Bahia é um clube que praticamente parou no tempo. Se considerarmos um ano no passar do tempo, paradoxalmente o “ano que não acabou” para o Esporte Clube Bahia foi o ano de 1989, o ano cronológico que esta grande expressão popular brasileira venceu seu segundo título nacional, o campeonato brasileiro de 1988.
Daí em diante o clube não se renovou, aliás, tendência histórica da instituição. Tivemos a dinastia de Osório, depois o potentado de Paulo Maracajá. Este último, presidente do título nacional de 1988, ainda foi pior que Osório que de certa forma pelas circunstâncias, e não por opção, criou uma figura à sua imagem e semelhança: o próprio Maracajá.
A saída de Maracajá criou um vácuo de competência e carisma na direção maior do clube. Nem mesmo um presidente no estilo centralizador e todo poderoso, que não se aplica mais ao futebol brasileiro, é verdade, o clube forjou. Alías, neste fim de década de 1980, início da década de 1990, o seu tradicional rival, o Vitória, remodelou-se a forma do Bahia e criou uma figura emblemática, semelhante ao estilo Maracajá: Paulo Carneiro, que melhorando seus métodos, reverteu a hegemonia do futebol baiano a favor do rubro-negro. Nestes pouco mais de vinte anos é incontestável a supremacia rubro negra no futebol local.
O pós-Maracajá foi conturbado no Bahia. Francisco Pernet, Antonio Pithon (boicotado, fritado e queimado pelas forças centrífugas da politicagem tricolor), Petrônio Barradas, Marcelo Guimarães e, agora, Marcelo Guimarães Filho passaram a dirigir o clube. Com todos esses a torcida do Bahia viu sua supremacia histórica no âmbito local passar para o rival, periodicamente ser humilhado em campo por este mesmo rival, acumular rebaixamentos de séries no campeonato nacional e contar inúmeros vexames e decepções, que na forma que estamos vendo, não existe perspectiva a um curto prazo para cessar.

Não querendo entrar nos méritos profundos da questão, não vai ser com o arremedo de reforma estatutária aprovada pelo “grupo” do atual presidente que o clube vai se organizar e ser recriado. Uma reforma de estatuto indecente que prega uma falsa e imoral democracia, calcada no argumento que os regimentos e normas foram respeitados, mas que engessou e aniquilou a possibilidade de renovação política no clube e a criação de um ambiente de debate e discussão positiva.
Srº Marcelo Guimarães Filho: seja sensato, humilde e tenha a grandeza que um verdadeiro líder deve ter e refaça a reforma estatutária do clube, na forma geral que anseia a sua imensa, apaixonada e magoada torcida. Faça o torcedor realmente decidir quem ele quer no comando do clube. Dê condições de renovação na composição política do conselho deliberativo e na vida política do clube. DÊ CONDIÇÕES PARA A REFUNDAÇÃO DO CLUBE!!!

Lembre Srº Marcelo, que o Bahia é grande porque sua torcida é grande e apaixonada. Este é um time como poucos, um clube de expressão popular. Assim como outras grandes expressões da cultura brasileira no esporte, o Bahia também não é um time que tem uma torcida, é uma torcida que tem um time!!! As vezes alguns desses torcedores só tem isso!!! Não retire isso dos dois: do time e do torcedor!!!
Não será elitizando o clube, afastando o torcedor popular do time, como o senhor e seus adeptos veem fazendo com os bloqueios econômicos que vocês estão perpetrando que vão dar a transformação que o clube precisa. NÃO TRANSFORME O BAHIA EM UM TIME DE BURGUESES E ELITIZADOS!!! O BAHIA É UMA EXPRESSÃO DA CULTURA POPULAR!!!
Ao contrário: leve o torcedor popular a viver o clube que veremos a médio prazo o nosso time soerguendo-se!!!
Vamos dar um rumo ao Bahia, esse verdadeiro transatlântico sem rumo.
Um abraço a todos!!!

sábado, 4 de maio de 2013

Vale a pena ver de novo! De novo!!!

Olá a todos!!!

Nossos carros-chefes medíocres e irregulares, sendo a mediocridade pelo Bahia e a irregularidade por parte do Vitória; vexames no Nordestão; times do interior fazendo careta – e carranca!!! – para estes portentosos da capital; resignação das nossas torcidas quanto aos nossos limites históricos mínimos na Copa do Brasil e apreensão das mesmas torcidas quanto ao tenebroso futuro que nos espera quando for o início do Brasileirão. A bem da verdade, a torcida das cores azul, vermelha e branca, hoje, em maior intensidade nesta apreensão. Mas, a bola gira rápida e dinâmica. Não é mesmo Barcelona?

Os mais atentos dos nossos “colaborouvintes” – junção de colaborador com ouvinte – já se ligaram na ironia colocada intencionalmente no título da crônica, do nosso já cristalizado Panorama da Semana: novela velha, batida, repetida mais uma vez!!! Esta é a velha sina dos nossos clubes.

Pelo lado positivo, apesar de quem ache não tão positivo assim, Bahia e Vitória estão a 90% de confirmar mais um BAVI decisivo no nosso campeonato local. Depois de todos os sustos e apuros, principalmente do Bahia, e dos acidentes de percurso do Vitória os dois chegam confortáveis aos jogos decisivos na cidade de Juazeiro.

O Bahia pode perder até por um gol e entra na final. Difícil para o “Juá” tirar esta vantagem de um time que se mostrou medíocre no campeonato, mas, que mais empatou do que ganhou e perdeu, e quando perdeu só perdeu para o maior rival. Muito complicado para o Juazeiro reverter.

O Vitória pode perder por 3 gols que carimba a sua ida a mais uma final de Baianão. O noviço Juazeirense, para mim, já tem seu título, podendo ainda conseguir um acesso a série D 2013. Se é complicado para o seu rival da cidade contra o Bahia, o seu objetivo se alcançado viraria epopeia!!! Sei que o futebol é imprevísivel, masm nesse caso, não acredito em façanha.

Depois do fim de mais um Baiano, que terá o desfecho mais comum de sempre, com Bahia ou Vitória campeão, a “velha novela” retomará seu fôlego. Times lutando na Copa do Brasil, sujeitos às eliminações precoces e tal. Já falei aqui antes que o caminho do Vitória é pior na competição, no papel é claro.

Nos capítulos mais decisivos, veremos as nossas angústias saírem pelos poros quando chegarem os jogos do Campeonato Brasileiro. Encarar Corinthians, Internacional, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Santos, Grêmio, Fluminense, até mesmo Coritiba, Ponte Preta... vixe!!! Por isso solicito pouco ao meu bom DEUS, que tem coisa mais importante a se preocupar, como seca no sertão, a violência desenfreada, a falta de amor entre os homens, etc e tal, mas que ouve uma súplica que é minha com ecos de muitos: DEUS, dai-me a 16ª colocação do BRASILEIRÃO para este seu filho obediente!!!

Finalizando, eu sei que já pedi de mais meu SENHOR, mas suplico ainda: se meu time for 15º e o time de meus irmãos for 16º não tem problema!!! Fico feliz por mim, terei assim compaixão com os outros (como bom cristão!!!), mas, “comemorarei o título” peculiar ao futebol baiano: o direito a gozação sem razão!!!

Um abraço a todos, e esperaremos o tal do “a seguir, cenas do próximo capitulo”, que em grande parte, já sabemos como final de novela repetida.