segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

DECEPÇÕES E TRISTEZAS A PARTE, NÃO HOUVE SURPRESAS E VAMOS NOS ACOSTUMANDO COM ESSE FILME DE SEGUNDONA!!!

UM ABRAÇO A TODOS!!!

Faço hoje esse PANORAMA DA SEMANA ESPECIAL, pois o dia natural e usual desta reflexão é o sábado, mas, o fato indica que este tem que sair na SEGUNDA!!! SEGUNDA MESMO!!! Com ou sem trocadilhos!!! Segunda é o dia da semana, ainda mais esta que é o dia de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da Bahia e do CIA, e “segunda” pois este é o nosso endereço em 2015: A SÉRIE B do Campeonato Brasileiro.

Nossos times confirmaram toda a inoperância do ano futebolístico deles, principalmente o que ocorreu no campeonato nacional. Nossos times não passariam impunes a tanta baboseira: vários técnicos, com direito a técnico “ioiô” no Vitória; trezentos gestores de fracassos e insucessos; bolas fora administrativos, principalmente no Bahia; jogadores sem qualidade, e o pior, falta de profissionalismo e honradez de alguns destes; entre tantas coisas que cada um acha que foi pior e mais importante para contribuir com o fracasso.

Falarei muito ainda sobre estes e outros motivos que delinearam o vexame baiano no Brasileirão. Mas, por agora, só quero chamar atenção para um detalhe: o nosso patamar hoje, infelizmente, é este, a realidade de disputar SÉRIE B, passar temporadas na SÉRIE A e vez ou outra brilhar um pouco (no nosso nível...).

Nos dois artigos que fiz aqui com o título principal de “O SOBE E DESCE DO BRASILEIRÃO”, um no dia 22/11 e o outro no 23/11, fiz uma exposição de dados, argumentei e comprovei que existe um grupo de times que fazem parte da gangorra do rebaixamento do Brasileirão desde que iniciou em 1988 o acesso e o decesso no campeonato. E nossos dois times principais – Bahia e Vitória – fazem parte deste inglório grupo.

Dos times do original Clube dos Treze, o Bahia é o que já ostentou mais rebaixamentos a série B: 3 vezes. Depois dele, vem assim a conta: Botafogo, Palmeiras, Vasco, Grêmio, Fluminense, 2 vezes; Corinthians e Atlético Mineiro, 1 vez cada. Cruzeiro, Santos, São Paulo, Internacional e Flamengo são os únicos “virgens de segundona”.

O Vitória assim como o Bahia, já caiu 3 vezes. E olhe que comparados a times do ”nosso tamanho”, os de cá até caem menos ou da mesma forma que alguns destes: Atlético Paranaense e Goiás, 3 vezes; Coritiba e Náutico, 4 vezes; e o Sport, 5 vezes.

Não entrarei nem no mérito de quem já caiu e não voltou mais, quem demorou muito tempo para voltar (que foi o caso do Bahia) e de quem caiu e “recaiu”, afundando nos abismos de séries ainda abaixo da Série B (casos do Bahia e do Vitória, Santa Cruz e outros).

O meu argumento é de que fiquemos tristes, mas, como gosta de falar meu pai, o senhor Louro Assis, “nada de por fogo as vestes”, nada de desespero. Parar para raciocinar friamente e ver que a estrutura deplorável do futebol da Bahia, com um campeonato medíocrizado, com times mambembes, estádios ridículos, com campos horríveis, uma federação omissa a tudo isto; que o não enxergar dos nossos dirigentes para a via do Campeonato do Nordeste como salvação ou atenuante pro abismo entre os ricos ao sul e os empobrecidos ao norte do nosso futebol; que a falta de uma gestão objetiva e positiva dos nossos clubes, os entendendo como forças tradicionais do futebol brasileiro, mas que não podem viver de tempos míticos, fantasiosos e enganosos do passado; que só criando (ou recriando) uma cultura do Futebol da Bahia, investindo nos valores da terra e das regiões próximas a nossa, tanto em jogadores, técnicos, gestores COMPETENTES E CAPACITADOS; entre tantas coisas, só essa reflexão objetiva poderá encaminhar um outro futuro pro nosso futebol.

E vejam bem: com tudo isso as bolas têm que entrar na rede!!! Isso não é garantia de nada, mas, é pressuposto de sucesso sem nenhuma dúvida!!!

Como torcedor baiano, apaixonado por meu clube, um amor incondicional, que não tem divisão que limite (até mesmo, aflora até mais, as vezes...), anseio por estes dias. Vejo como difíceis, mas, como torcedor, faço o que meu nome impõe: eu torço!!!

UM ABRAÇO A TODOS!!!

sábado, 29 de novembro de 2014

Poesia sobre o futebol da Bahia!!!

Olá a todos!!!

Como não tenho muito a dizer hoje, vou tentar – mediocremente, é claro – expressar-me através de versos soltos, o que grosseiramente chamarei de “Soneto Acerca do Futebol da Bahia I”. Dizer o que objetivamente se a este instante, depois de “trocentas rodadas” de vexames e fugazes sucessos e alegrias e com apenas a ínfima matemática  habilitando um meio vexame, ou meio “sucesso” – como queiram – do nosso futebol.  

Chegamos num sábado que pode ser decretado na prática, 100%, o rebaixamento de um – o Bahia – e ver encaminhado uns “noventa e tantos por cento”, podendo fechar 100 amanhã, o do outro: o Vitória.

Como o mote hoje é poesia, digo: Fala Gregório!!!  “TRISTE BAHIA!!!”.

Como diriam os americanos, mas, em sotaque “cabra da peste”: LÉTIS GÔ!!!

Eu quero ver um dia de volta
Não sei se poderia...
Tanta vontade que até me desgosta
Meu bom futebol da Bahia!

Futebol que já foi forte
No país da ordem e do progresso
Não sei se foi por sorte
Nosso antigo grande sucesso

Nos anos de 1960 era a nossa história
Tivemos vários campeões
Bahia, Fluminense, Leônico, Galícia e Vitória

Porém, nos dias de hoje todos sabem o que é que rola
Vira ano e sai ano
Bahia e Vitória na DEGOLA!!!


Um abraço a todos!!!

domingo, 23 de novembro de 2014

O SOBE E DESCE DO BRASILEIRÃO (CAPÍTULO 2): A ERA DOS PONTOS CORRIDOS E TUDO COMO D’ANTES.

OLÁ A TODOS!!!

Como falei no último sábado, 22/11, existe uma marca, uma tendência determinante nos aspectos dos acessos e decessos do Brasileirão: temos clubes que sempre estão no “fluxo” e “refluxo” nacional da bola. E o nosso “NORDESTÃO veio de guerra” continua faz parte dessa gangorra infeliz.

Na mesma linha, mas agora recortando a apresentação a partir do primeiro campeonato de pontos corridos, que foi o certame de 2003, apresentamos os resultados. Vejamos:

2003 (24): Rebaixados (Bahia/BA e Fortaleza/CE); Subiram (Palmeiras/SP e Botafogo/RJ).

2004 (24): Rebaixados (Criciúma/SC, Vitória/BA, Grêmio/RS e Guarani/SP); Subiram (Brasiliense/DF e Fortaleza/CE).

2005 (22): Rebaixados (Coritiba/PR, Atlético/MG, Brasiliense/DF e Paysandu/PA); Subiram (Grêmio/RS e Santa Cruz/PE).

2006 (20): Rebaixados (Ponte Preta/SP, Fortaleza/CE, São Caetano/SP e Santa Cruz/PE); Subiram (Atlético/MG, Sport/PE, Náutico/PE e América/RN).

2007 (20): Rebaixados (Corinthians/SP, América/RN, Juventude/RS e Paraná/PR); Subiram (Coritiba/PR, Ipatinga/MG, Portuguesa/SP e Vitória/BA).

2008 (20): Rebaixados (Figueirense/SC, Vasco/RJ, Portuguesa/SP, e Ipatinga/MG); Subiram (Corinthians/SP, Santo André/SP, Avaí/SC e Barueri/SP).

2009 (20): Rebaixados (Coritiba/PR, Santo André/SP, Sport/PE e Náutico/PE); Subiram (Vasco/RJ, Guarani/SP, Ceará/CE e Atlético/GO).

2010 (20): Rebaixados (Vitória/BA, Guarani/SP, Goiás/GO e Barueri/SP); Subiram (Coritiba/PR, Figueirense/SC, Bahia/BA e América/MG).

2011 (20): Rebaixados (Atlético/PR, Ceará/CE, América/MG e Avaí/SC); Subiram (Portuguesa/SP, Náutico/PE, Ponte Preta/SP e Sport/PE).

2012 (20): Rebaixados (Sport/PE, Palmeiras/SP, Figueirense/SC e Atlético/GO); Subiram (Goiás/GO, Criciúma/SC, Atlético/PR e Vitória/BA).

2013 (20): Rebaixados (Portuguesa/SP, Vasco/RJ, Ponte Preta/SP e Náutico/PE); Subiram (Palmeiras/SP, Chapecoense/SC, Sport/PE e Figueirense/SC).

E 2014, como será? Na toada que vai, teremos exemplares no processo. Como sempre.

Olá a todos!!!

sábado, 22 de novembro de 2014

O SOBE E DESCE DO BRASILEIRÃO (CAPÍTULO 1): O MAIS DO MESMO, O TEMPO DAS VIRADAS DE MESA.

OLÁ A TODOS!!!

Acompanho futebol a muito tempo. Perdi a conta de quando começou. O campeonato brasileiro eu sei: com clareza de fatos e acontecimentos, desde o Brasileirão de 1980, principalmente as finais clássicas entre Flamengo e Atlético Mineiro. Daí em diante acompanhei todos.

Foi a partir do campeonato de 1988 que se começou estabelecer o acesso e o decesso no campeonato nacional, o famoso sobe e desce nacional. Vimos a partir daí que em razão da cartolagem e da pilantragem esportiva nacional nem sempre tivemos sobe/desce: uns anos subiam, outros não caiam, em outros nem um nem outro e outras armações.

Mas, com base na história vejam como se deu através dos diversos campeonatos,  a contar do primordial citado anteriormente – 1988 –, como se desenha esta história de acesso e decesso: sempre sobra para os times médios do futebol nacional. Seria natural este movimento pelo poder econômico, nível técnico e outras justificativas. Em parte é verdade. Mas, no quesito do equilíbrio de forças a cartolagem mafiosa dos eixos mais fortes quase sempre intervém de forma desonesta no processo.
Resultado prático: existe praticamente um “clube do vai e vem” na disputa da elite nacional. E neste clube estão os maiores clubes do norte e do nordeste e os medianos do “eixão”.

Vejamos, em seguida, os dados históricos que pesquisei, ano a ano. Nos parênteses estão indicados o número de times que participou do campeonato.

1988(24): Rebaixados (Bangu/RJ, Santa Cruz/PE, Criciúma/SC e América/RJ); Subiram (Inter de Limeira/SP e Náutico/PE).

1989(22): Rebaixados (Atlético/PR, Sport/PE, Guarani/SP e Coritiba/PR); Subiram (Bragantino/SP e São José/SP).

1990(20): Rebaixados (São José/SP e Inter de Limeira/SP); Subiram (Sport/PE e Atlético/PR).

1991(20): Rebaixados (Grêmio/RS e Vitória/BA); Subiram (Paysandu/PA e Guarani/SP).

1992*(20): Rebaixados (Paysandu/PA e Náutico/PE); Subiram (Paraná/PR, Vitória/BA, Grêmio/RS, Criciúma/SC, Santa Cruz/PE, América/MG, Fortaleza/CE, Ceará/CE, Remo/PA, Desportiva/ES, União São João/SP e Coritiba/PR).
*Obs.: Neste campeonato  CBF cancelou o rebaixamento e ampliou-se o acesso de 2 para 12 times para o campeonato de 1993.

1993**(32): Rebaixados (Goiás/GO, Santa Cruz/PE, América/MG, Fortaleza/CE, Ceará/CE, Atlético/PR, Coritiba/PR e Desportiva/ES); NÃO HOUVE ACESSO!
**Obs.: Como não houve disputa para o acesso a 1994 a CBF determinou só o rebaixamento de 8 times de um grupo secundário de 16 times.

1994(24): Rebaixados (Remo/PA e Náutico/PE); Subiram (Juventude/RS e Goiás/GO).

1995(24): Rebaixados (Paysandu/PA e União São João/SP); Subiram (Atlético/PR e Coritiba/PR).

1996***(24): Rebaixados (Fluminense/RJ e Bragantino/SP) e Subiram (União São João/SP e América/RN).
***Obs.: A CBF cancelou o rebaixamento para 1997.

1997(26): Rebaixados (Fluminense/RJ, Bahia/BA,  União São João/SP e Criciúma/SC); Subiram (América/MG e Ponte Preta/SP).

1998(24): Rebaixados (Goiás/GO, América/RN, América/MG e Bragantino/SP); Subiram (Gama/DF e Botafogo/SP).

1999****(22): Rebaixados (Gama/DF, Botafogo/SP, Juventude/RS e Paraná/PR); Subiram (Goiás/GO e Santa Cruz/PE).
****Obs.: Para o campeonato de 2000 a CBF reorganizou o campeonato, sem divisões, chamando-a de Copa João Havelange, cancelando os rebaixamentos.

2000(116): NÃO HOUVE ACESSO E DECESSO PARA 2001.

2001(28): Rebaixados (Santa Cruz/PE, América/MG, Botafogo/SP e Sport/PE) e Subiram (Paysandu/PA e Figueirense/SC).

2002(26): Rebaixados (Portuguesa/SP, Palmeiras/SP, Botafogo/RJ e Gama/DF); Subiram (Criciúma/SC e Fortaleza/CE).

Em breve colocarei o “2º capítulo”, fazendo um corte temporal a partir da instauração da fórmula dos pontos corridos, de 2003 em diante.

Um abraço a todos!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Uma crônica de um torcedor do VITÓRIA sobre o VITÓRIA!!!

Olá a todos!!!

Esta crônica, bem feita e bem analisada, foi feita pelo amigo e torcedor do Vitória, Leandro Santiago. Leandro é filho de nosso amigo Alfredo Neto, rapaz inteligente e analítico nas coisas do futebol, esse fenômeno que muitas vezes enebria nossas análises e partidariza nosso senso crítico. Mas, este material do jovem Leandro é interessante pois vislumbra uma visão estruturante do processo e não meramente as periclitantes situações atuais dos nossos clubes, e no caso específico, do Vitória. Eis ai o "Panorama da Semana Rubro-Negro". Leiam:

"Nos últimos 15 anos, o Vitória sofreu reveses significativos dentro e fora de campo. O time visitou o porão do futebol nacional, ao ser rebaixado à série C em 2005. Naquele ano, o clube estava financeiramente quebrado. A gestão que esteve a frente do rubro negro por mais de 20 anos, entregava um time sem perspectivas e sem dinheiro. No entanto, mesmo remontando esse passado não tão longínquo, não me lembro de ter presenciado um ano tão desprovido de conquistas, como esse fatídico ano de 2014.

O Leão gerido pelo quase sempre soberbo Carlos Falcão, pode se vangloriar de seu momento administrativo, de sua busca pela saúde financeira ou pelo aprimoramento do seu patrimônio, mas deixará na memória de sua torcida uma sequência de insucessos dentro de campo. Após ter feito a melhor campanha de um time nordestino num Brasileirão de pontos corridos, em 2013, a diretoria rubro negra conseguiu enfraquecer o elenco (que já não era uma unanimidade técnica) com algumas manobras exclusivamente financeiras, com a desculpa de não arriscar o equilíbrio do clube. Assim, o Vitória perderia pro arqui rival, um de seus principais jogadores na temporada. E com a mesma lógica, atletas que foram fundamentais, se tornariam dispensáveis.. a saber: Renato Cajá, Vitor Ramos (e Kadu, que só voltou depois do segundo semestre de 2014), Marquinhos, etc.

Não obstante, o departamento de futebol (que afirmava ter, inclusive, um setor de inteligência) começou 2014 com um verdadeiro show de horrores. Contratações sem critério, mudanças constantes na direção e planejamento escasso, foram marcas do Vitória de Falcão. A lista é longa e deprimente: Alemão, Dão, Jonathan Ferrari, Lucas Zen, Hugo, Souza, Léo Costa, Rodrigo Defendi. Pra não mencionar a contratação de três diretores de futebol (Raimundo Queiroz, Felipe Ximenez e Marcos Teixeira) em uma só temporada. Os frutos foram colhidos e todos podres. O time perdeu o certame baiano pro seu rival, de uma forma que não acontecia há mais de 10 anos, quando o time que chegava a final com vantagem, sempre sagrava-se campeão. O tabu foi quebrado e o Vitória vendeu barato demais o titulo estadual. Ficaria visível ali, a fragilidade do elenco que estava sendo montado.

Mas a série de derrocadas só estava no começo. Pois foi na Copa do Nordeste - competição em que o Leão é o maior vencedor e por isso mesmo, a expectativa da torcida é sempre grande - que o time sofreu sua mais humilhante derrota na temporada. Foi goelado pelo Cerá em Fortaleza (5 a 1) e à aquela altura do ano, ainda não tinha vencido um único clube que disputava a série A. O filme se repetiu na Copa do Brasil, durante a eliminação pro inexpressivo J Malucelli em pleno Pituaçu e mais recentemente, perdendo a classificação contra o Nacional da Colômbia, pela Copa Sulamericana.

A fraca campanha no campeonato brasileiro, com apenas 9 triunfos em 34 jogos, só constata a triste realidade do clube num ano tão cheio de expectativas, como era 2014. Um discurso parece ganhar tons de unanimidade entre setores da imprensa, torcida e conselheiros do Rubro Negro, que se arvoram pra tentar explicar as causas dessa temporada terrível. É a total falta de aptidão e conhecimento futebolístico do atual presidente, Carlos Falcão.

Talvez, na esperança de evolução e de um progresso eminente, o ex Presidente Alexi Portela e sua cúpula mais próxima de conselheiros, enxergaram no atual mandatário, sinais de boa gestão e equilíbrio. Mas ao que parece, os cartolas rubro negros não sabiam (ou fizeram questão de esquecer) da total distonia do Sr. Falcão, quando o assunto está dentro do riscado. Além de desconhecedor, ele se cercou de pessoas tão ou mais despreparadas pra estarem a frente do clube.

Mesmo com manifestações de esperança por parte da torcida, uma possível queda pra segunda divisão será a cereja do bolo pra essa administração perdedora e perdida, que se ocupou do rubro negro e que, infelizmente, ainda terá dois mandatos pela frente.

Como exemplo cabal da negatividade de tal gestão, fica a postura da maior organizada do clube (Os Imbatíveis). Uma torcida que se caracterizou por lutar pelos direitos do Vitória e que hoje se cala diante de ingressos, viagens e vantagens políticas. O lema é "segura na mão de JAH e vai."

Saudações Rubro Negras.".

Sem mais.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

PANORAMA DE TODAS AS SEMANAS...

OLÁ A TODOS:

Nesse momento pesado em que a última coisa que se fala e se repete a exaustão em relação a Bahia e Vitória é sobre futebol, torrando a paciência com o clima apocalíptico sobre zonas, segundona, série B, e etc. e tal, encaminho um texto fabuloso do mais fabuloso ainda Eduardo Galeano. Trata-se de um texto no qual ele faz uma verdadeira descrição do TORCEDOR, com todas as letras maiúsculas. O tipo de torcedor verdadeiro, não que os outros não sejam também, mas este tipo que sustenta e eterniza o futebol. Modéstia a parte, esse que esta falando faz parte dessa categoria.


“O TORCEDOR.

Uma  vez por semana, o torcedor foge de casa e vai ao estádio.

Ondulam as bandeiras, soam as matracas, os foguetes, os tambores, chovem serpentinas e papel picado: a cidade desaparece, a rotina se esquece, só existe o templo. Neste espaço sagrado, a única religião que não tem ateus exibe suas divindades. Embora o torcedor possa contemplar o milagre, mais comodamente, na tela de sua televisão, prefere cumprir a peregrinação até o lugar onde possa ver em carne e osso seus anjos lutando em duelo contra os demônios da rodada.

Aqui o torcedor agita o lenço, engole saliva, engole veneno, come o boné, sussurra preces e maldições, e de repente arrebenta a garganta numa ovação e salta feito pulga abraçando o desconhecido que grita gol ao seu lado. Enquanto dura a missa pagã, o torcedor é muitos.  Compartilha com milhares de devotos a certeza de que somos os melhores, todos os juízes são vendidos, todos os rivais são trapaceiros.

É raro que o torcedor que diz:  “Meu time joga hoje“. Sempre diz: “Nós jogamos hoje”. Esse jogador número doze sabe muito bem que é ele que sopra os ventos de fervor que empurram a bola quando ela dorme, do mesmo jeito que os outros onze jogadores sabem que jogar sem torcida é como dançar sem música.

Quando termina a partida, o torcedor, que não saiu da arquibancada, celebra sua vitória, que goleada fizemos, que surra a gente deu neles, ou chora sua derrota, nos roubaram outra vez, juiz ladrão. E então o sol vai embora, e o torcedor se vai. Nos degraus  de cimento ardem, aqui e ali, algumas fogueiras de fogo fugaz, enquanto vão se apagando as luzes e as vozes. O estádio fica sozinho e o torcedor também volta à sua solidão, um eu que foi nós; o torcedor se afasta, se dispersa, se perde e o domingo é melancólico feito uma quarta–feira de cinzas depois da morte do carnaval.".

sábado, 27 de setembro de 2014

A MATEMÁTICA DA VEZ DE NOSSOS TIMES

OLÁ A TODOS!!!

Praticamente já se foram 2/3 do Brasileirão e o que os números indicam é o que basicamente acontece a todo ano, a todo campeonato brasileiro desde quando foi instituído acesso e decesso: os times da Bahia envolvidos na luta contra o famigerado rebaixamento.

Razões mil para isso já escrevi e debati aqui. Não irei retorná-las agora. De forma objetiva e matemática buscarei demonstrar indicadores matemáticos que evidenciam a situação de nossos times e o tamanho do problema de cada um deles.

Segundo o histórico do campeonato brasileiro de pontos corridos e sendo a maioria dos certames assim disputados terem sido por 20 clubes, o número histórico para se safar do abismo da segundona é o de 46 pontos. Os matemáticos experientes no assunto marcam e cravam que com 47 pontos não tem conta que ainda assuste os abafados quanto ao objetivo da mera permanência na chamada elite. Infelizmente, esse é o lugar comum dos nossos clubes.

Mas, seguindo aqui na proposta da discussão, e estabelecendo a meta dos 47 pontos como a garantia não do paraíso e sim do novo purgatório em 2015 (será?), exporei alguma análises a questão.

1. Sendo o patamar os 47 pontos, restam ao Bahia fazer mais 21 pontos, já que ostenta 26. Na mesma linha, ao Vitória faltam 23, por já possuir 24 pontos.

2. Temos ainda 14 rodadas, ou seja, 42 pontos em jogo para todos.

3. Observando os números anteriores, o rendimento mínimo do Bahia deverá ser de 50% (21 pontos) e o do Vitória obrigatoriamente deverá ser melhor: praticamente 55%.

4. Quanto ao fato anterior, isso denota um problema aos nossos times. Caso mantenham seu rendimento estatístico até então, infelizmente veremos os dois na Série B 2015: o Bahia fez 35% dos pontos e o Vitória 33%. Ou seja: ou melhoram substancialmente ou já era!!!

5. Eu particularmente vejo que times que apresentam campanhas irregulares – um pouco melhor, igual ou pior aos nossos – são os nossos opositores. Para mim times que possuem saldo negativo demonstram campanhas pouco confiáveis e fazem parte deste “clube”. Talvez, um caso a parte é o do Sport do Recife, por agora já possuir 35 pontos. Assim sendo, aos números de hoje, de Flamengo pra baixo tá todo mundo na disputa fatídica.

6. Um dos problemas de nossos times são campanhas abaixo do esperado dentro de casa. Tanto um como o outro só possuem 4 vitórias em casa, por exemplo, em 24 rodadas. É pouco. Ilustre-se que uma das quatro do Vitória foi o triunfo em um dos clássicos locais.

7. Das últimas 14 rodadas do certame, tanto Bahia como o Vitória terão 7 jogos em casa e outros 7 fora. Sem qualificar ou ponderar os jogos agora, isso faremos no período, é uma grande oportunidade de adiantar o serviço garantir o máximo de pontos possíveis em casa, e daí, tentar a sorte fora dos nossos redutos.

Outras análises matemáticas poderiam ser feitas aqui. As deixarei para outra ocasião. Até porque um bom curso de matemática possui vários semestres, unidades ou períodos. Outras aulas virão depois, de acordo as circunstâncias novas. Espero que daqui a algumas semanas o panorama seja melhor. E os números também.

Um abraço a todos!!!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

TEMPORADA NOVA, PROBLEMAS ANTIGOS...

OLÁ A TODOS!!!

Rodada vai, rodada vem do BRASILEIRÃO e os times baianos regulares frequentadores da chamada zona de rebaixamento. Por si só isso já é ruim, mas, torna-se preocupante mais ainda pelo fato que os nossos times fazem parte de um grupo dos que não conseguem sair de vez e se afastar da "zona maldita". SINAL VERMELHO!!!

Flamengo, Figueirense e Chapecoense, por exemplo, já foram "moradores" deste condomínio fatídico. Hoje, por enquanto, distanciam-se desta faixa. Outros entram e saem: Palmeiras e Botafogo são estes. Alguns, parecem encaminhar-se para entrarem nesta "seita religiosa", a seita dos "ADORADORES DE ZONA", que momentaneamente Bahia e Vitória se encontram: Coritiba e Criciúma.

Não sou tão fatalista como meus amigos Gilmar e Paulo Henrique que já vislumbram uma segundona em 2015, mas, tenho que reconhecer o fato de se as coisas andarem como estão, tanto tecnicamente como nas contas matemáticas débeis, será difícil termos dois baianos na série A do ano que vem: num cenário triste teríamos pelo menos um, e o pior cenário, sombrio, os dois caindo em dezembro.

Para saírem deste diapasão triste, o que devem fazer as equipes? Numa resposta simples e direta, no esporte e no futebol em particular, devem GANHAR!!! Não podem mais nem se dar o luxo de "não perder", pois empate na situação dos dois agora em diante é problema. 

Uma outra coisa que devem efetivar é tomarem atitude e passar fazer valer o chamado "mando de campo", ou seja, passarem a ganhar seus jogo em casa.

As direções dos clubes também precisam entender que nesse momento só com o apoio dos seus torcedores irão sair dessa enrascada. Ingressos a preços populares e promoções diversas já!!!

Senão terão que vender ingressos mais baratos ano que vem... na SÉRIE B!

UM ABRAÇO A TODOS!!!

sábado, 9 de agosto de 2014

VAMOS LÁ, CONTINUAR DE BEM COM A VIDA!!!

Olá a todos!!!

Já disse “ene” vezes aqui que o nosso futebol, o futebol da Bahia, é mesmo de “segunda categoria” dentro do país, é periférico e sem horizontes. O que vimos esta semana é mais uma prova viva disso tudo.

Vivemos a nos contentar em sermos meros coadjuvantes das competições “extra-estado”, pois até mesmo o antes quase certo “caneco” do Nordestão pelo menos nos dois últimos anos não chegamos nem perto de disputá-lo.
Copa do Brasil nem se fala. Com sua nova roupagem não conseguimos ultrapassar a sua fase pré-classificatória e longe ficamos da gorda e motivante Oitavas de Finais.

Campeonato Brasileiro, é sem comentários. Nossa sina é disputar a “A2” não oficial. Se tudo der “certo”, a gente consegue permanecer na Série A 2015, pois este é nosso patamar. Não vou tratar dos nossos combalidos times na Série D pois estes nada recebem da endinheirada FBF que os abandona no fosso do futebol brasileiro.

Portanto, temos que nos mirar nesses objetivos: participar e coadjuvar nas competições fora do estado, pois o que nos resta é campeonato baiano mesmo.

Um dia as coisas mudam...


Um abraço a todos!!!

sábado, 19 de julho de 2014

Brilhante opinião do jogador Paulo André, mentor e líder do movimento de vanguarda dos jogadores de futebol, o famoso Bom Senso Futebol Clube, em texto publicado em seu perfil oficial no facebook no dia 14 de julho de 2014. https://www.facebook.com/pauloandreoficial?fref=ts

Leiam e opinem. Eu mesmo, assino embaixo os argumentos do politizado jogador!!!

"Desabafo:

Não dá para acordar em plena segunda feira e ler em todos os sites que o Marin e o Marco Polo querem um treinador que represente a “reformulação”. Qual é? Só eu que fico indignado? Sempre o mesmo papinho. Querem enganar quem? Eu também quero uma reformulação. A começar por eles. E outra, será que dá pra me explicar por que esses senhores (na lista abaixo) estão no poder das federações ...estaduais há 20, 30, 40 anos?

José Gama Xaud, 40 anos no poder da Federação de Roraima;
Carlos Orione, 33 anos no poder da Federação de Mato Grosso;
Delfim P. Peixoto Filho, 29 anos no poder da Federação de SC;
Antonio Aquino, 26 anos no poder da Federação do Acre;
Francisco C. Oliveira, 25 anos no poder da Federação do MS;
Rosilene A. Gomes, 25 anos no poder da Federação da Paraíba;
Heitor da Costa Jr., 25 anos no poder da Federação de Rondonia;
Antonio C. Nunes da Silva, 24 anos no poder da federação do Pará;
José C. de Souza, 24 anos no poder da Federação do Sergipe;
Dissica V. Tomaz, mais de 20 anos no poder da Federação do Amazonas;
Leonar Quintalha, 19 anos no poder da Federação do Tocantins.

Esses são onze dos 47 caras que comandam o futebol nacional (27 presidentes das Federações e os 20 presidentes dos clubes da Série A). São eles que escolhem o presidente da CBF e que definem os regulamentos das competições da entidade. Só eles, mais ninguém. E alguém acha que um novo treinador vai conseguir reformular alguma coisa?

Parem com isso!

Que cada um assuma a sua parcela de culpa (jogadores, comissão, eu, você, todos temos um pouco. Mas a desses caras é gigante, só não é maior do que a cara de pau). Esses presidentes (da Confederação e das Federações), que jamais deram as caras nas derrotas, que jamais foram vaiados nos estádios e que jamais deixaram de receber seus vencimentos no final do mês (porque a Confederação e as Federações pagam em dia), são os maiores responsáveis pelo caos em que se encontra o futebol brasileiro.

Olhem para seus umbigos e tenham vergonha do que construíram! Clubes grandes endividados, clubes pequenos sem calendário, estádios vazios, atletas sem salários, etc... E a solução é o novo treinador? #Cansei.

Há pelo menos duas décadas, simplesmente para permanecerem no poder, esses senhores tem sido coniventes com tudo de ruim que a CBF representa para o nosso país. Medrosos, nada fizeram para mudar. Saibam que para se fazer a reformulação que agora descobriram ser necessária é preciso coragem, visão, paixão, conhecimento, planejamento, fugir do óbvio. Mas a prioridade (no discurso) dada a mudança da comissão técnica mostra que nada mudará, a não ser o tal do treinador.

Aproveito o desabafo para agradecer a cada um dos presidentes citados acima. Desculpe-me destacá-los em meio a tantos outros mas os senhores dedicaram suas vidas prestando serviços ao futebol nacional. Não teríamos chegado aonde chegamos sem vocês. Tenham certeza de que nenhum de nós, brasileiros, se esquecerá do que os senhores, por falta de visão e por falta de amor ao esporte, nos fizeram sentir no dia 8 de julho de 2014.

Peço, se houver um pingo de consciência e dignidade nesse mundo paralelo em que vivem, que os senhores convoquem uma assembleia geral, democratizem o estatuto da CBF e, em seguida, reformulem..., reformulem a vida de vocês bem longe do futebol.

“E você, torcedor brasileiro, que tem perguntado como ajudar, como participar da construção do nosso próprio legado da Copa, vá ao estádio nesta quarta feira – quando recomeça o Brasileirão – e leve um cartaz ou uma faixa pedindo: DEMOCRACIA NA CBF, JÁ!” (Bom Senso F.C)

Um abraço do extremo oriente,
P.A"

sábado, 12 de julho de 2014

FALAR MAIS O QUE NESSA HORA...

OLÁ A TODOS!!!
 

Após o maior revês do futebol brasileiro, que, dificilmente deverá ser superado, a não ser, na minha modestíssima opinião, por uma eliminação precoce em eliminatória sul-americana para uma outra Copa do Mundo, o que falar a mais do que têm-se dito com propriedade por alguns, por perversidade por outros e por oportunismo cínico por tantos?
 

Penso que o momento é mais de se ouvir e analisar as coisas do que ficar por aí tentando encobrir o vexame ou se tentar desesperadamente buscar modelos que ao contrário irão piorar a situação do nosso futebol.
 

Particularmente penso que adotar e copiar o modelo alemão não é a  resposta necessária para o renascimento do futebol brasileiro. Cada povo tem sua característica e cultura no esporte. Frase antiga da história e da diplomacia dizia que “o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil” e vice-versa. Refletir sobre outros modelos e antropofagicamente, como no pensamento “Oswaldiano”, e  adaptá-los ao nosso imenso cabedal cultural e histórico do vencedor futebol brasileiro, tudo bem. Pensar em comprar um “software pirata made in Germany, Spain ou Netherlands”, nunca!!! E mesmo não me venham com cópia barata a imagem e semelhança da Argentina!!!
 

Porém, apesar de ansiar pela prudência e planejamento meticuloso, entendo que os mandatários do futebol nacional pensem em estratégias de curto, médio e longo prazo afim de revitalizar esse ainda forte futebol mundial, que se mostra agora enfraquecido por um momento desastroso e lamentável.
 
Para não me omitir de alguns “pitacos” e posicionamentos, adiantarei o que penso na linha do curto, médio e longo prazo da recuperação do nosso futebol. Vejamos:
 

Curto Prazo:
Definição de uma comissão técnica, com técnico e auxiliar técnico, com o primeiro a frente da Seleção principal e o segundo comandando a Seleção Olímpica. Junto a estes, a formação de um conselho técnico da seleção brasileira, formada por estes dois, um coordenador técnico e mais alguns técnicos e ex-jogadores de peso e vulto para as tomadas de decisões e caminhos estratégicos da seleção nacional.
 
Médio Prazo:
Entendimento da seleção e do futebol nacional como um valor cultural da nação brasileira e deliberação ou determinação da exigência da seleção, ao menos, jogar no país 4 vezes ao ano em amistosos, propiciando assim uma aproximação da nossa equipe com as diversas regiões do país e seus diversos públicos, com a colocação de ingressos a preços mais populares.
 
Longo Prazo:
Espalhar pelas regiões do Brasil diversos centros de treinamento oficiais da seleção e estimular o desenvolvimento do futebol nos diversos rincões do nosso país, entendendo que não basta apenas investir nos grandes centros e esquecer do restante do país. Recriaria uma competição, que poderia ser de 2 em 2 anos ou até mesmo de 4 em 4 anos, sendo sub-23, o CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES, sendo apenas com jogadores nascidos em seus estados. Seria uma forma até mesmo de dar utilização as novas arenas e propiciar a criação de outras em outros estados dando oportunidade de revelação de novos jogadores.
 
Termino aqui pois, como até mesmo propus na linha do texto, este momento é melhor ouvir do que falar. Mas, adianto que nos diversos Panoramas das inúmeras semanas que virão irei buscar levantar outras questões e aprofundar estas e outras para podermos entender melhor os caminhos do nosso futebol. Porém, finalizo dizendo: do jeito que está novos vexames virão. Menores, iguais ou maiores.
 
 
Um abraço a todos!!!