sábado, 19 de julho de 2014

Brilhante opinião do jogador Paulo André, mentor e líder do movimento de vanguarda dos jogadores de futebol, o famoso Bom Senso Futebol Clube, em texto publicado em seu perfil oficial no facebook no dia 14 de julho de 2014. https://www.facebook.com/pauloandreoficial?fref=ts

Leiam e opinem. Eu mesmo, assino embaixo os argumentos do politizado jogador!!!

"Desabafo:

Não dá para acordar em plena segunda feira e ler em todos os sites que o Marin e o Marco Polo querem um treinador que represente a “reformulação”. Qual é? Só eu que fico indignado? Sempre o mesmo papinho. Querem enganar quem? Eu também quero uma reformulação. A começar por eles. E outra, será que dá pra me explicar por que esses senhores (na lista abaixo) estão no poder das federações ...estaduais há 20, 30, 40 anos?

José Gama Xaud, 40 anos no poder da Federação de Roraima;
Carlos Orione, 33 anos no poder da Federação de Mato Grosso;
Delfim P. Peixoto Filho, 29 anos no poder da Federação de SC;
Antonio Aquino, 26 anos no poder da Federação do Acre;
Francisco C. Oliveira, 25 anos no poder da Federação do MS;
Rosilene A. Gomes, 25 anos no poder da Federação da Paraíba;
Heitor da Costa Jr., 25 anos no poder da Federação de Rondonia;
Antonio C. Nunes da Silva, 24 anos no poder da federação do Pará;
José C. de Souza, 24 anos no poder da Federação do Sergipe;
Dissica V. Tomaz, mais de 20 anos no poder da Federação do Amazonas;
Leonar Quintalha, 19 anos no poder da Federação do Tocantins.

Esses são onze dos 47 caras que comandam o futebol nacional (27 presidentes das Federações e os 20 presidentes dos clubes da Série A). São eles que escolhem o presidente da CBF e que definem os regulamentos das competições da entidade. Só eles, mais ninguém. E alguém acha que um novo treinador vai conseguir reformular alguma coisa?

Parem com isso!

Que cada um assuma a sua parcela de culpa (jogadores, comissão, eu, você, todos temos um pouco. Mas a desses caras é gigante, só não é maior do que a cara de pau). Esses presidentes (da Confederação e das Federações), que jamais deram as caras nas derrotas, que jamais foram vaiados nos estádios e que jamais deixaram de receber seus vencimentos no final do mês (porque a Confederação e as Federações pagam em dia), são os maiores responsáveis pelo caos em que se encontra o futebol brasileiro.

Olhem para seus umbigos e tenham vergonha do que construíram! Clubes grandes endividados, clubes pequenos sem calendário, estádios vazios, atletas sem salários, etc... E a solução é o novo treinador? #Cansei.

Há pelo menos duas décadas, simplesmente para permanecerem no poder, esses senhores tem sido coniventes com tudo de ruim que a CBF representa para o nosso país. Medrosos, nada fizeram para mudar. Saibam que para se fazer a reformulação que agora descobriram ser necessária é preciso coragem, visão, paixão, conhecimento, planejamento, fugir do óbvio. Mas a prioridade (no discurso) dada a mudança da comissão técnica mostra que nada mudará, a não ser o tal do treinador.

Aproveito o desabafo para agradecer a cada um dos presidentes citados acima. Desculpe-me destacá-los em meio a tantos outros mas os senhores dedicaram suas vidas prestando serviços ao futebol nacional. Não teríamos chegado aonde chegamos sem vocês. Tenham certeza de que nenhum de nós, brasileiros, se esquecerá do que os senhores, por falta de visão e por falta de amor ao esporte, nos fizeram sentir no dia 8 de julho de 2014.

Peço, se houver um pingo de consciência e dignidade nesse mundo paralelo em que vivem, que os senhores convoquem uma assembleia geral, democratizem o estatuto da CBF e, em seguida, reformulem..., reformulem a vida de vocês bem longe do futebol.

“E você, torcedor brasileiro, que tem perguntado como ajudar, como participar da construção do nosso próprio legado da Copa, vá ao estádio nesta quarta feira – quando recomeça o Brasileirão – e leve um cartaz ou uma faixa pedindo: DEMOCRACIA NA CBF, JÁ!” (Bom Senso F.C)

Um abraço do extremo oriente,
P.A"

sábado, 12 de julho de 2014

FALAR MAIS O QUE NESSA HORA...

OLÁ A TODOS!!!
 

Após o maior revês do futebol brasileiro, que, dificilmente deverá ser superado, a não ser, na minha modestíssima opinião, por uma eliminação precoce em eliminatória sul-americana para uma outra Copa do Mundo, o que falar a mais do que têm-se dito com propriedade por alguns, por perversidade por outros e por oportunismo cínico por tantos?
 

Penso que o momento é mais de se ouvir e analisar as coisas do que ficar por aí tentando encobrir o vexame ou se tentar desesperadamente buscar modelos que ao contrário irão piorar a situação do nosso futebol.
 

Particularmente penso que adotar e copiar o modelo alemão não é a  resposta necessária para o renascimento do futebol brasileiro. Cada povo tem sua característica e cultura no esporte. Frase antiga da história e da diplomacia dizia que “o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil” e vice-versa. Refletir sobre outros modelos e antropofagicamente, como no pensamento “Oswaldiano”, e  adaptá-los ao nosso imenso cabedal cultural e histórico do vencedor futebol brasileiro, tudo bem. Pensar em comprar um “software pirata made in Germany, Spain ou Netherlands”, nunca!!! E mesmo não me venham com cópia barata a imagem e semelhança da Argentina!!!
 

Porém, apesar de ansiar pela prudência e planejamento meticuloso, entendo que os mandatários do futebol nacional pensem em estratégias de curto, médio e longo prazo afim de revitalizar esse ainda forte futebol mundial, que se mostra agora enfraquecido por um momento desastroso e lamentável.
 
Para não me omitir de alguns “pitacos” e posicionamentos, adiantarei o que penso na linha do curto, médio e longo prazo da recuperação do nosso futebol. Vejamos:
 

Curto Prazo:
Definição de uma comissão técnica, com técnico e auxiliar técnico, com o primeiro a frente da Seleção principal e o segundo comandando a Seleção Olímpica. Junto a estes, a formação de um conselho técnico da seleção brasileira, formada por estes dois, um coordenador técnico e mais alguns técnicos e ex-jogadores de peso e vulto para as tomadas de decisões e caminhos estratégicos da seleção nacional.
 
Médio Prazo:
Entendimento da seleção e do futebol nacional como um valor cultural da nação brasileira e deliberação ou determinação da exigência da seleção, ao menos, jogar no país 4 vezes ao ano em amistosos, propiciando assim uma aproximação da nossa equipe com as diversas regiões do país e seus diversos públicos, com a colocação de ingressos a preços mais populares.
 
Longo Prazo:
Espalhar pelas regiões do Brasil diversos centros de treinamento oficiais da seleção e estimular o desenvolvimento do futebol nos diversos rincões do nosso país, entendendo que não basta apenas investir nos grandes centros e esquecer do restante do país. Recriaria uma competição, que poderia ser de 2 em 2 anos ou até mesmo de 4 em 4 anos, sendo sub-23, o CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES, sendo apenas com jogadores nascidos em seus estados. Seria uma forma até mesmo de dar utilização as novas arenas e propiciar a criação de outras em outros estados dando oportunidade de revelação de novos jogadores.
 
Termino aqui pois, como até mesmo propus na linha do texto, este momento é melhor ouvir do que falar. Mas, adianto que nos diversos Panoramas das inúmeras semanas que virão irei buscar levantar outras questões e aprofundar estas e outras para podermos entender melhor os caminhos do nosso futebol. Porém, finalizo dizendo: do jeito que está novos vexames virão. Menores, iguais ou maiores.
 
 
Um abraço a todos!!!