sábado, 29 de novembro de 2014

Poesia sobre o futebol da Bahia!!!

Olá a todos!!!

Como não tenho muito a dizer hoje, vou tentar – mediocremente, é claro – expressar-me através de versos soltos, o que grosseiramente chamarei de “Soneto Acerca do Futebol da Bahia I”. Dizer o que objetivamente se a este instante, depois de “trocentas rodadas” de vexames e fugazes sucessos e alegrias e com apenas a ínfima matemática  habilitando um meio vexame, ou meio “sucesso” – como queiram – do nosso futebol.  

Chegamos num sábado que pode ser decretado na prática, 100%, o rebaixamento de um – o Bahia – e ver encaminhado uns “noventa e tantos por cento”, podendo fechar 100 amanhã, o do outro: o Vitória.

Como o mote hoje é poesia, digo: Fala Gregório!!!  “TRISTE BAHIA!!!”.

Como diriam os americanos, mas, em sotaque “cabra da peste”: LÉTIS GÔ!!!

Eu quero ver um dia de volta
Não sei se poderia...
Tanta vontade que até me desgosta
Meu bom futebol da Bahia!

Futebol que já foi forte
No país da ordem e do progresso
Não sei se foi por sorte
Nosso antigo grande sucesso

Nos anos de 1960 era a nossa história
Tivemos vários campeões
Bahia, Fluminense, Leônico, Galícia e Vitória

Porém, nos dias de hoje todos sabem o que é que rola
Vira ano e sai ano
Bahia e Vitória na DEGOLA!!!


Um abraço a todos!!!

domingo, 23 de novembro de 2014

O SOBE E DESCE DO BRASILEIRÃO (CAPÍTULO 2): A ERA DOS PONTOS CORRIDOS E TUDO COMO D’ANTES.

OLÁ A TODOS!!!

Como falei no último sábado, 22/11, existe uma marca, uma tendência determinante nos aspectos dos acessos e decessos do Brasileirão: temos clubes que sempre estão no “fluxo” e “refluxo” nacional da bola. E o nosso “NORDESTÃO veio de guerra” continua faz parte dessa gangorra infeliz.

Na mesma linha, mas agora recortando a apresentação a partir do primeiro campeonato de pontos corridos, que foi o certame de 2003, apresentamos os resultados. Vejamos:

2003 (24): Rebaixados (Bahia/BA e Fortaleza/CE); Subiram (Palmeiras/SP e Botafogo/RJ).

2004 (24): Rebaixados (Criciúma/SC, Vitória/BA, Grêmio/RS e Guarani/SP); Subiram (Brasiliense/DF e Fortaleza/CE).

2005 (22): Rebaixados (Coritiba/PR, Atlético/MG, Brasiliense/DF e Paysandu/PA); Subiram (Grêmio/RS e Santa Cruz/PE).

2006 (20): Rebaixados (Ponte Preta/SP, Fortaleza/CE, São Caetano/SP e Santa Cruz/PE); Subiram (Atlético/MG, Sport/PE, Náutico/PE e América/RN).

2007 (20): Rebaixados (Corinthians/SP, América/RN, Juventude/RS e Paraná/PR); Subiram (Coritiba/PR, Ipatinga/MG, Portuguesa/SP e Vitória/BA).

2008 (20): Rebaixados (Figueirense/SC, Vasco/RJ, Portuguesa/SP, e Ipatinga/MG); Subiram (Corinthians/SP, Santo André/SP, Avaí/SC e Barueri/SP).

2009 (20): Rebaixados (Coritiba/PR, Santo André/SP, Sport/PE e Náutico/PE); Subiram (Vasco/RJ, Guarani/SP, Ceará/CE e Atlético/GO).

2010 (20): Rebaixados (Vitória/BA, Guarani/SP, Goiás/GO e Barueri/SP); Subiram (Coritiba/PR, Figueirense/SC, Bahia/BA e América/MG).

2011 (20): Rebaixados (Atlético/PR, Ceará/CE, América/MG e Avaí/SC); Subiram (Portuguesa/SP, Náutico/PE, Ponte Preta/SP e Sport/PE).

2012 (20): Rebaixados (Sport/PE, Palmeiras/SP, Figueirense/SC e Atlético/GO); Subiram (Goiás/GO, Criciúma/SC, Atlético/PR e Vitória/BA).

2013 (20): Rebaixados (Portuguesa/SP, Vasco/RJ, Ponte Preta/SP e Náutico/PE); Subiram (Palmeiras/SP, Chapecoense/SC, Sport/PE e Figueirense/SC).

E 2014, como será? Na toada que vai, teremos exemplares no processo. Como sempre.

Olá a todos!!!

sábado, 22 de novembro de 2014

O SOBE E DESCE DO BRASILEIRÃO (CAPÍTULO 1): O MAIS DO MESMO, O TEMPO DAS VIRADAS DE MESA.

OLÁ A TODOS!!!

Acompanho futebol a muito tempo. Perdi a conta de quando começou. O campeonato brasileiro eu sei: com clareza de fatos e acontecimentos, desde o Brasileirão de 1980, principalmente as finais clássicas entre Flamengo e Atlético Mineiro. Daí em diante acompanhei todos.

Foi a partir do campeonato de 1988 que se começou estabelecer o acesso e o decesso no campeonato nacional, o famoso sobe e desce nacional. Vimos a partir daí que em razão da cartolagem e da pilantragem esportiva nacional nem sempre tivemos sobe/desce: uns anos subiam, outros não caiam, em outros nem um nem outro e outras armações.

Mas, com base na história vejam como se deu através dos diversos campeonatos,  a contar do primordial citado anteriormente – 1988 –, como se desenha esta história de acesso e decesso: sempre sobra para os times médios do futebol nacional. Seria natural este movimento pelo poder econômico, nível técnico e outras justificativas. Em parte é verdade. Mas, no quesito do equilíbrio de forças a cartolagem mafiosa dos eixos mais fortes quase sempre intervém de forma desonesta no processo.
Resultado prático: existe praticamente um “clube do vai e vem” na disputa da elite nacional. E neste clube estão os maiores clubes do norte e do nordeste e os medianos do “eixão”.

Vejamos, em seguida, os dados históricos que pesquisei, ano a ano. Nos parênteses estão indicados o número de times que participou do campeonato.

1988(24): Rebaixados (Bangu/RJ, Santa Cruz/PE, Criciúma/SC e América/RJ); Subiram (Inter de Limeira/SP e Náutico/PE).

1989(22): Rebaixados (Atlético/PR, Sport/PE, Guarani/SP e Coritiba/PR); Subiram (Bragantino/SP e São José/SP).

1990(20): Rebaixados (São José/SP e Inter de Limeira/SP); Subiram (Sport/PE e Atlético/PR).

1991(20): Rebaixados (Grêmio/RS e Vitória/BA); Subiram (Paysandu/PA e Guarani/SP).

1992*(20): Rebaixados (Paysandu/PA e Náutico/PE); Subiram (Paraná/PR, Vitória/BA, Grêmio/RS, Criciúma/SC, Santa Cruz/PE, América/MG, Fortaleza/CE, Ceará/CE, Remo/PA, Desportiva/ES, União São João/SP e Coritiba/PR).
*Obs.: Neste campeonato  CBF cancelou o rebaixamento e ampliou-se o acesso de 2 para 12 times para o campeonato de 1993.

1993**(32): Rebaixados (Goiás/GO, Santa Cruz/PE, América/MG, Fortaleza/CE, Ceará/CE, Atlético/PR, Coritiba/PR e Desportiva/ES); NÃO HOUVE ACESSO!
**Obs.: Como não houve disputa para o acesso a 1994 a CBF determinou só o rebaixamento de 8 times de um grupo secundário de 16 times.

1994(24): Rebaixados (Remo/PA e Náutico/PE); Subiram (Juventude/RS e Goiás/GO).

1995(24): Rebaixados (Paysandu/PA e União São João/SP); Subiram (Atlético/PR e Coritiba/PR).

1996***(24): Rebaixados (Fluminense/RJ e Bragantino/SP) e Subiram (União São João/SP e América/RN).
***Obs.: A CBF cancelou o rebaixamento para 1997.

1997(26): Rebaixados (Fluminense/RJ, Bahia/BA,  União São João/SP e Criciúma/SC); Subiram (América/MG e Ponte Preta/SP).

1998(24): Rebaixados (Goiás/GO, América/RN, América/MG e Bragantino/SP); Subiram (Gama/DF e Botafogo/SP).

1999****(22): Rebaixados (Gama/DF, Botafogo/SP, Juventude/RS e Paraná/PR); Subiram (Goiás/GO e Santa Cruz/PE).
****Obs.: Para o campeonato de 2000 a CBF reorganizou o campeonato, sem divisões, chamando-a de Copa João Havelange, cancelando os rebaixamentos.

2000(116): NÃO HOUVE ACESSO E DECESSO PARA 2001.

2001(28): Rebaixados (Santa Cruz/PE, América/MG, Botafogo/SP e Sport/PE) e Subiram (Paysandu/PA e Figueirense/SC).

2002(26): Rebaixados (Portuguesa/SP, Palmeiras/SP, Botafogo/RJ e Gama/DF); Subiram (Criciúma/SC e Fortaleza/CE).

Em breve colocarei o “2º capítulo”, fazendo um corte temporal a partir da instauração da fórmula dos pontos corridos, de 2003 em diante.

Um abraço a todos!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Uma crônica de um torcedor do VITÓRIA sobre o VITÓRIA!!!

Olá a todos!!!

Esta crônica, bem feita e bem analisada, foi feita pelo amigo e torcedor do Vitória, Leandro Santiago. Leandro é filho de nosso amigo Alfredo Neto, rapaz inteligente e analítico nas coisas do futebol, esse fenômeno que muitas vezes enebria nossas análises e partidariza nosso senso crítico. Mas, este material do jovem Leandro é interessante pois vislumbra uma visão estruturante do processo e não meramente as periclitantes situações atuais dos nossos clubes, e no caso específico, do Vitória. Eis ai o "Panorama da Semana Rubro-Negro". Leiam:

"Nos últimos 15 anos, o Vitória sofreu reveses significativos dentro e fora de campo. O time visitou o porão do futebol nacional, ao ser rebaixado à série C em 2005. Naquele ano, o clube estava financeiramente quebrado. A gestão que esteve a frente do rubro negro por mais de 20 anos, entregava um time sem perspectivas e sem dinheiro. No entanto, mesmo remontando esse passado não tão longínquo, não me lembro de ter presenciado um ano tão desprovido de conquistas, como esse fatídico ano de 2014.

O Leão gerido pelo quase sempre soberbo Carlos Falcão, pode se vangloriar de seu momento administrativo, de sua busca pela saúde financeira ou pelo aprimoramento do seu patrimônio, mas deixará na memória de sua torcida uma sequência de insucessos dentro de campo. Após ter feito a melhor campanha de um time nordestino num Brasileirão de pontos corridos, em 2013, a diretoria rubro negra conseguiu enfraquecer o elenco (que já não era uma unanimidade técnica) com algumas manobras exclusivamente financeiras, com a desculpa de não arriscar o equilíbrio do clube. Assim, o Vitória perderia pro arqui rival, um de seus principais jogadores na temporada. E com a mesma lógica, atletas que foram fundamentais, se tornariam dispensáveis.. a saber: Renato Cajá, Vitor Ramos (e Kadu, que só voltou depois do segundo semestre de 2014), Marquinhos, etc.

Não obstante, o departamento de futebol (que afirmava ter, inclusive, um setor de inteligência) começou 2014 com um verdadeiro show de horrores. Contratações sem critério, mudanças constantes na direção e planejamento escasso, foram marcas do Vitória de Falcão. A lista é longa e deprimente: Alemão, Dão, Jonathan Ferrari, Lucas Zen, Hugo, Souza, Léo Costa, Rodrigo Defendi. Pra não mencionar a contratação de três diretores de futebol (Raimundo Queiroz, Felipe Ximenez e Marcos Teixeira) em uma só temporada. Os frutos foram colhidos e todos podres. O time perdeu o certame baiano pro seu rival, de uma forma que não acontecia há mais de 10 anos, quando o time que chegava a final com vantagem, sempre sagrava-se campeão. O tabu foi quebrado e o Vitória vendeu barato demais o titulo estadual. Ficaria visível ali, a fragilidade do elenco que estava sendo montado.

Mas a série de derrocadas só estava no começo. Pois foi na Copa do Nordeste - competição em que o Leão é o maior vencedor e por isso mesmo, a expectativa da torcida é sempre grande - que o time sofreu sua mais humilhante derrota na temporada. Foi goelado pelo Cerá em Fortaleza (5 a 1) e à aquela altura do ano, ainda não tinha vencido um único clube que disputava a série A. O filme se repetiu na Copa do Brasil, durante a eliminação pro inexpressivo J Malucelli em pleno Pituaçu e mais recentemente, perdendo a classificação contra o Nacional da Colômbia, pela Copa Sulamericana.

A fraca campanha no campeonato brasileiro, com apenas 9 triunfos em 34 jogos, só constata a triste realidade do clube num ano tão cheio de expectativas, como era 2014. Um discurso parece ganhar tons de unanimidade entre setores da imprensa, torcida e conselheiros do Rubro Negro, que se arvoram pra tentar explicar as causas dessa temporada terrível. É a total falta de aptidão e conhecimento futebolístico do atual presidente, Carlos Falcão.

Talvez, na esperança de evolução e de um progresso eminente, o ex Presidente Alexi Portela e sua cúpula mais próxima de conselheiros, enxergaram no atual mandatário, sinais de boa gestão e equilíbrio. Mas ao que parece, os cartolas rubro negros não sabiam (ou fizeram questão de esquecer) da total distonia do Sr. Falcão, quando o assunto está dentro do riscado. Além de desconhecedor, ele se cercou de pessoas tão ou mais despreparadas pra estarem a frente do clube.

Mesmo com manifestações de esperança por parte da torcida, uma possível queda pra segunda divisão será a cereja do bolo pra essa administração perdedora e perdida, que se ocupou do rubro negro e que, infelizmente, ainda terá dois mandatos pela frente.

Como exemplo cabal da negatividade de tal gestão, fica a postura da maior organizada do clube (Os Imbatíveis). Uma torcida que se caracterizou por lutar pelos direitos do Vitória e que hoje se cala diante de ingressos, viagens e vantagens políticas. O lema é "segura na mão de JAH e vai."

Saudações Rubro Negras.".

Sem mais.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

PANORAMA DE TODAS AS SEMANAS...

OLÁ A TODOS:

Nesse momento pesado em que a última coisa que se fala e se repete a exaustão em relação a Bahia e Vitória é sobre futebol, torrando a paciência com o clima apocalíptico sobre zonas, segundona, série B, e etc. e tal, encaminho um texto fabuloso do mais fabuloso ainda Eduardo Galeano. Trata-se de um texto no qual ele faz uma verdadeira descrição do TORCEDOR, com todas as letras maiúsculas. O tipo de torcedor verdadeiro, não que os outros não sejam também, mas este tipo que sustenta e eterniza o futebol. Modéstia a parte, esse que esta falando faz parte dessa categoria.


“O TORCEDOR.

Uma  vez por semana, o torcedor foge de casa e vai ao estádio.

Ondulam as bandeiras, soam as matracas, os foguetes, os tambores, chovem serpentinas e papel picado: a cidade desaparece, a rotina se esquece, só existe o templo. Neste espaço sagrado, a única religião que não tem ateus exibe suas divindades. Embora o torcedor possa contemplar o milagre, mais comodamente, na tela de sua televisão, prefere cumprir a peregrinação até o lugar onde possa ver em carne e osso seus anjos lutando em duelo contra os demônios da rodada.

Aqui o torcedor agita o lenço, engole saliva, engole veneno, come o boné, sussurra preces e maldições, e de repente arrebenta a garganta numa ovação e salta feito pulga abraçando o desconhecido que grita gol ao seu lado. Enquanto dura a missa pagã, o torcedor é muitos.  Compartilha com milhares de devotos a certeza de que somos os melhores, todos os juízes são vendidos, todos os rivais são trapaceiros.

É raro que o torcedor que diz:  “Meu time joga hoje“. Sempre diz: “Nós jogamos hoje”. Esse jogador número doze sabe muito bem que é ele que sopra os ventos de fervor que empurram a bola quando ela dorme, do mesmo jeito que os outros onze jogadores sabem que jogar sem torcida é como dançar sem música.

Quando termina a partida, o torcedor, que não saiu da arquibancada, celebra sua vitória, que goleada fizemos, que surra a gente deu neles, ou chora sua derrota, nos roubaram outra vez, juiz ladrão. E então o sol vai embora, e o torcedor se vai. Nos degraus  de cimento ardem, aqui e ali, algumas fogueiras de fogo fugaz, enquanto vão se apagando as luzes e as vozes. O estádio fica sozinho e o torcedor também volta à sua solidão, um eu que foi nós; o torcedor se afasta, se dispersa, se perde e o domingo é melancólico feito uma quarta–feira de cinzas depois da morte do carnaval.".